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Famílias de baixa renda poderão ter economia de até 75% na fatura com o mercado livre de energia

O Brasil se destaca como o país com a maior parcela de eletricidade limpa entre os membros do G20, de acordo com a quarta edição anual da Global Electricity Review, publicada pelo think tank de energia Ember.

Em 2022, 89% da eletricidade gerada no Brasil provinha de fontes limpas, incluindo 63% de energia elétrica hidrelétrica, 12% de energia eólica e 3% de energia solar. A participação dos combustíveis fósseis foi de 11%, sendo a maior parte proveniente de gás (7%).

O relatório também aponta que a Índia, atual anfitriã do G20, está atrasada na descarbonização do seu sistema de eletricidade. O país possui a segunda maior dependência de carvão, depois da África do Sul, mas já obtém 9% de sua eletricidade a partir de energia solar e eólica.

O diretor de Insights de dados da Ember, Dave Jones, destaca o potencial do Brasil em garantir uma matriz elétrica limpa: “A Índia está se destacando na energia solar, com um crescimento impressionante nos últimos anos. O Brasil, por sua vez, teve um crescimento realmente impressionante na energia eólica, além de sua base sólida em energia hidrelétrica.”

Os dados mostram que as energias eólica e solar representaram 13% da eletricidade gerada pelos países do G20 em 2022, em comparação com 5% em 2015. A participação da energia solar quadruplicada nesse período, enquanto a energia eólica dobrou. Em contrapartida, a participação da energia a carvão no G20 caiu de 43% em 2015 para 39% em 2022.

Embora alguns países do G20 tenham avançado significativamente na transição para a energia limpa, como Alemanha, Reino Unido e Austrália, outros, como Rússia, Indonésia e Arábia Saudita, têm pouca ou nenhuma participação de energia eólica e solar em sua matriz elétrica.

Entre os países da OCDE do G20, que têm como meta a eliminação gradual do carvão até 2030, houve uma redução de 42% na geração de carvão em termos absolutos, de 2.624 TWh em 2015 para 1.855 TWh em 2022. O Reino Unido se destaca nesse cenário, com uma redução de 93% na geração de carvão desde a assinatura do Acordo de Paris.

O crescimento da geração de energia eólica e solar tem sido crucial para o sucesso desses países na redução do uso de carvão. O Reino Unido e a Alemanha lideram em participação de energia eólica, enquanto a Austrália e o Japão se destacam na utilização de energia solar.

No entanto, para alcançar as metas de redução de emissões, os países do G20 precisarão acelerar o progresso na adoção de energia limpa. O relatório do IPCC estabelece que a energia proveniente do carvão deve diminuir 87% nesta década, passando de 10,059 TWh em 2021 para 1,153 TWh em 2030.

Alguns países do G20, como China e Índia, registraram aumento absoluto na geração de carvão desde 2015, embora tenham conseguido reduzir a participação percentual desse combustível, concentrando-se no aumento da energia eólica e solar para atender à demanda em crescimento. A China sentiu sua dependência do carvão de 70% em 2015 para 61% em 2022, enquanto a Índia obteve uma redução menor, de 76% para 74%.

O relatório aponta que esses países estão se aproximando do “pico” de emissões de carvão, uma vez que a energia limpa está crescendo rapidamente o suficiente para atender ao crescimento da demanda. A Ásia registrou um aumento significativo na utilização de eletricidade limpa para atender à demanda, com mais da metade do aumento sendo suprido por fontes limpas nos últimos sete anos.

O sucesso na transição energética dependerá das ações do governo para acelerar a implementação de energia eólica e solar. Com a necessidade de redução das emissões de carbono, a promoção de fontes renováveis ​​de energia se torna cada vez mais urgente, tanto para o Brasil quanto para outros países do G20.

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